Sempre gostei de não fazer nada. Só preciso de um livro, um dia de sol e uma rede – ou então um lugar na janela de algum trem que esteja me levando, de preferência, a um lugar longe e desconhecido – eu sei ser feliz assim. Com o passar dos anos e depois de tantas viagens, eu concluí que não sou o tipo de pessoa que precisa ter alguma coisa para fazer o tempo todo. Algumas das minhas melhores memórias durante as viagens estão nos momentos de simples prazeres, como o de observar as pessoas andando na rua. Tomar um chá de menta marroquino em algum lugar bem remoto no Marrocos e assistir a preparação desse costume tão simples e tão importante no país: o chá. Ou então sentar na beira de algum rio e assitir o mundo acontecer ali, bem na minha frente. Quando o ritmo diminui, eu me sinto mais viva do que nunca. Eu sinto que pertenço a tudo o que eu sou capaz de observar na minha volta… e sinto que tudo me pertence também, ao mesmo tempo, na mesma sintonia.
Se dar ao luxo de diminuir o ritmo durante uma viagem é algo que vai além do que normalmente se busca. Em um mundo que anda com tanta pressa, querendo sempre possuir mais, fazer mais em menos tempo, ser mais rápido em tudo; ir em um ritmo mais calmo pode ser visto muitas vezes como perda de tempo. Talvez seja por isso que eu goste tanto. Se em tantas outras ocasiões já somos praticamente obrigados a ter pressa, ter um ritmo mais tranquilo quando se pode é um luxo que vale a pena conquistar.
Afinal, a vida é tão mais vivida e vívida quando aproveitada em cada segundo :3
Me identifiquei com teu texto 🙂
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Com certeza! E muito obrigada! 🙂
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Precisava dessa tua verdade hoje. Valeu!
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Obrigada Mariel! Fico feliz 🙂 Um abraço!
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Fui lendo o texto do começo ao fim balançando a cabeça em sinal de »sim!«
Não fazer nada é uma delícia, também adoro ficar assistindo pessoas na rua (confissão: às vezes saio ~só~ para fazer isso). Eu poderia repetir exatamente esse texto sem tirar e nem por nada 🙂
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Lucas, que bom que você gostou! e em relação a sua confissão… devo confessar também que faço o mesmo! Observar o mundo é muito bom! Um abraço 🙂
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O que precisamos fazer para convencer o resto do mundo o quanto isso é legal?! 🙂
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“ter um ritmo mais tranquilo quando se pode é um luxo que vale a pena conquistar” – Adorei e me identifiquei! Lindo, parabéns!
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Mylena, muito obrigada pelo seu comentário! 🙂
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