*Atenção: este não é exatamente um livro para deixar a gente com vontade de viajar, como sugere o título do post. Mas vale a leitura! 🙂
Era verão e eu estava passando as férias na Espanha. Já no caminho do aeroporto no dia de voltar, desci do metrô numa rua bem movimentada de Madrid e vi um senhor que vendia livros usados na calçada. De longe avistei o título em espanhol: ¡Viven! – La tragedia de los Andes e fui ver o livro. Páginas amareladas, edição do ano de 1976. 1 Euro. É meu.
Escrito pelo romancista inglês Piers Paul Read, o livro conta a história do trágico acidente que aconteceu em 1972 na Cordilheira dos Andes, envolvendo um time de rugby do Uruguai. Quem já conhece a história, sabe o que esperar do livro: um relato detalhado do acidente, da vida antes dele e de como foi possível sobreviver tanto tempo na neve sem comida, roupa ou alojamento. Para quem não conhece, é bom estar preparado para ler uma história fortíssima, mas que apesar do grande sofrimento e desespero, também mostra muita superação, coragem e força de vontade.
“Havia pouca chance de [o avião] ser encontrado, e menor chance ainda de algum dos quarenta e cinco passageiros ter sobrevivido ao desastre.”
O livro é narrado com uma grande quantidade de detalhes e com muita clareza e sinceridade, fazendo com que o leitor sinta imediatamente todas as emoções que são transmitidas.
Das 45 pessoas que estavam a bordo do avião que ia em direção ao Chile, apenas 16 conseguiram sobreviver e retornar às suas famílias, depois de 72 dias. Mas antes disso tornar-se possível, os 16 sobreviventes tiveram que enfrentar o frio insuportável, a fome que só aumentava, a morte de amigos e familiares, a notícia de que os resgates haviam sido cancelados e também o horror de ter que comer a carne dos mortos para sobreviver.
Os Sobreviventes – A tragédia dos Andes é, sem dúvidas, uma das histórias mais fortes e impressionantes que eu já li. Por outro lado, tanta determinação e luta pela vida nas condições mais caóticas e desumanas faz com que cada um repense certas atitudes tomadas diariamente e também o que é um verdadeiro ato de coragem, de força e de amor.
Mas que achado hein?!
O livro parece ser incrível sem falar que eu adoro esses livros meio bagaçadinhos, pois eles aparentam realmente carregar uma história dentro de si, mas claro que também sou aquele tipo de leitora que tem um cuidado anormal com os livros.
https://raposaliteraria.wordpress.com/
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Você tem razão Yuri, foi um super achado! E a história em si… emocionante!
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Foi uma tragédia terrível! Tenho muito respeito pelo que aconteceu. Não imagino o que seja passar por uma situação daquelas.
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Eu também, Mia. Impossível ficar “imune” ao que aconteceu!
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É…, li o livro, assisti a filmes que relatavam a história, vi todo o documentário no History Channel e o relato deles os sobreviventes que se uniram em um grupo para poderem ter forças e enfrentarem todo o preconceito que vieram a receber, todo sofrimento que tiveram de enfrentar e todas as lembranças que são difíceis de apagar.
Como bem dito além do grande respeito que devemos ter por todos eles, devemos ter em mente a lição que eles nos passaram, “somos, e vivemos, a vida é tudo o que queremos”.
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KAMBAMI, não há dúvidas. Respeito infinito por todos eles! Obrigada pelo seu comentário.
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