Acabou. Sem aviso prévio, sem sinal, sem perguntas, sem nenhuma despedida. Apenas acabou. Eu decidi seguir essa viagem sozinha e aqui estou, dentro deste trem, observando o mundo passar pela minha janela e tentando não ser nostálgica ao ponto de esquecer da paisagem que vejo agora e só lembrar dos dias que viajamos juntos e das tantas vezes que decidimos descer do trem e admirar a paisagem do lado de fora da janela.
Eu não quero contar o tempo, nem sugerir se foi muito ou pouco, nem pensar que a leveza dos encontros que tivemos por este trajeto superaram as incertezas das esperas. Agora acabou e se eu olho lá pra frente, vejo que ainda há uma distância enorme de trilhos que me separam de um suposto destino que parece ser onde eu devo chegar. A distância que me falta parece ser maior do que a dos trilhos que já passaram e eu apenas espero e confio nessa trajetória e sei que por mais que possa demorar, o caminho muda e um dia eu chego.
De você, eu não sei. Talvez tenha mudado de trem, talvez tenha só trocado o vagão ou quem sabe até desistiu da viagem. Eu não tenho como saber – e pensando bem nem quero saber – das suas razões. Durante esse tempo que parece muito e também parece pouco, estar dentro deste sentimento foi como estar numa longa viagem – e olha que coincidência: viajar é mesmo o que eu mais gosto de fazer na vida.
Nesse trajeto que me espera, as estações parecem não ter nome – ou fui eu, que distraída com a paisagem, nem reparei se realmente paramos alguma vez. Não importa. Quando eu chegar lá, mesmo ainda sem saber onde “lá” seja, vou lembrar de quanto a paisagem da janela era bonita; e caso você chegue junto e desça na mesma estação que eu, vou ter a sorte de te lembrar do quanto de fora da janela ela era mais bonita ainda.
Excelente.
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Obrigada, Gustavo
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Lindo, Isa!
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Obrigaaada 🙂
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Emocionada.
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Obrigada pelo comentário, Lee.. e espero que tenha gostado 🙂
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Muito tocante. Muito lindo.
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Muito bom. Beijos
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Obrigada! 🙂
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A paisagem nos leva até que façamos parte dela, sem medo.
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Bela frase 🙂
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Nossa… Que texto lindo! Marejou os olhos por aqui.
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Muito bonito esse texto…
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Lindo demais!
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Obrigada, Christine!
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Você, sempre maravilhosa.
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Ana, obrigada pelo carinho! 🙂 beijos
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Não sei se te serve de consolo. Já passei por isso. Mas, curiosamente, segui voagem sozinho, durante 18 horas, no mesmo ônibus que a pessoa da qual me separei. O tédio, o ressentimento, a sensação de que o Mundo inteiro olhava pra mim.
Frequentemente, a única coisa capaz de nos tirar o tédio é essa coisa de ter onde chegar. Dica: não queira chegar. Você vai se sentir bem por algumas horas e logo estará entediada de novo. Vá e pronto.
Como dizia Paulo Mendes Campos: “Bebe a água sem bebê-la; vá à toda parte sem ir a parte alguma”.
Beijos!
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ERRATA: segui viagem.
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Oi Júlio! Obrigada por dividir essa história e você tem razão nisso de não querer chegar… vamos aproveitar o caminho! 🙂 Beijos
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Talvez o amor nunca acabe mesmo, só viaje para outra estação.
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Acho que é isso mesmo… 🙂
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Que lindo post. Perfeito!
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Muito obrigada 🙂
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Texto lindo, tocante e muito verdadeiro , parabéns !
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